“É meu e vosso este fado
Destino que nos amarra…”
Ó Gente Da Minha Terra (parte 1)
Caros formandos…
Preâmbulo
Não sabia que ansiavam tão obcecadamente pelas minhas considerações após as reuniões. Não vos é indiferente e isso é muuuuuuuuito bom! É por vocês que trabalhamos e nada mais pretendemos que o que vos transmitimos seja significativo! Se vos fosse indiferente … aí sim, teríamos problemas!
Introdução
Hoje e após mais uma reunião … me dirijo a vocês e nada mais pretendo do que deixar-vos uma mensagem positiva. Muito positiva para quem tem feito um trabalho exemplar, sem mácula, mas também para os outros, que por esta ou aquela razão, não o estão a conseguir realizar com igual performance. Temos tempo… haveria gente que utilizaria a expressão: “temos pena”, mas não … a mensagem é positiva, é de esperança, por isso… temos tempo!
Desenvolvimento
Hoje me dirijo a vocês deixando apenas alguns considerandos vagos (como sempre …temos tempo!), sobre o trabalho realizado e sobre que aí vem! Neste momento a equipa formativa tem a radiografia (embora sempre incompleta) de cada um dos elementos que compõe o grupo. Sabemos o que valem e sabemos sobretudo o que não valem! Relativamente ao primeiro aspecto resta-me parabenizar-vos; no tocante ao segundo aspecto resta-me disponibilizar o trabalho sério e responsável de toda a equipa formativa.
Composta por dezanove seres, todos diferentes, a turma constitui-se como um/vários bloco(s) cujas personalidades vincadas que vos caracterizam, vos precipitam numa ansiedade que se dispensa. Quero com isto comunicar o seguinte: “Nós sabemos o real valor de cada um!”. E isto é tudo o que precisam de saber! Tudo o resto diz respeito a cada um e cada qual.
Acredito na seriedade do trabalho que cada um coloca em prática no seu dia a dia, até porque uma máxima que me acompanha diz:
“É fazendo o que fazemos, que nos tornamos naquilo que somos!”
Como acho que todos vocês são óptimos isso só pode ser resultado do trabalho que realizam…
Acredito que cada qual coloca empenho, responsabilidade, paixão e prazer nas tarefas que realizam. Caso algum destes elementos falte… lamento, pois com a falta de algum deles, a qualidade do trabalho fica comprometida. Acredito sinceramente nisto… e por isto luto! Aqueles que ousam, levianamente, fazer um trabalho descomprometido, sem prazer… têm os dias contados! Pode não ser hoje, nem amanhã, mas um dia destes, o amontoado de “remendos” é de tal forma, que não se trata de um trabalho remendado, mas sim um remendo de trabalhos… Certo que nada disto se passa com algum de vocês, não queria deixar de o dizer/relembrar mais uma vez!
Não se esqueçam … a mensagem é positiva!
Gostaria também de centrar esta minha reflexão (vou incluí-la no meu PRA!) nas questões relacionadas com as actividades realizadas. Nelas incluo visitas de estudo, ou qualquer outra actividade “diferente”. Fazemo-las pois acreditamos que todas elas (umas mais, outras menos) constituem mais-valia e valor acrescentado ao processo formativo. Admitindo sempre que possa haver opiniões contrárias, as quais respeito, vos digo que irei insistir nesta estratégia, pois acredito nela. Desculpem a falta de democracia associada a esta posição, mas um líder, tem por vezes que tomar opções e, eu (e penso que toda a equipa formativa) entendo(emos) ser esta a forma correcta de estar num processo formativo, até porque nunca nos mostraram outro caminho melhor! Não entendemos essas actividades como momentos de lazer (embora a elas possam estar associados), entendemo-las como momentos de aprendizagens significativas, que queremos que tenham “significados significativamente significativos e com significado significante”.
Como ponto final deste meu deambular falo ainda das relações interpessoais, área que me é tão querida e pela qual me apaixonei há alguns anos…qual amor! Caríssimos… para mim o que faz sentido é o que fazemos para os outros! Ao fazê-lo estamos a tornarmo-nos melhores! Tenho para mim que as pessoas são fascinantes e divirto-me a descobrir o melhor e o pior de cada uma delas. Nessas viagens que empreendo, deparo-me por vezes com desilusões, com ingratidões, com insensibilidades mas, por nenhum momento perco a paixão pelas pessoas, concentro-me sim naquelas que merecem o melhor de mim. Amem-se, gostem uns dos outros, mas se não o conseguirem fazer … não vem mal ao mundo… amem e gostem daqueles que de vocês gostam… e nunca se esqueçam que, quer com uns, quer com outros, têm de viver, conviver e trabalhar.
Conclusão
Esta mensagem… positiva não é dirigida a ninguém, mas sim a todos! Cada um fará o uso que achar conveniente, e reagirá consoante a força da sua reflexão, de modo activo ou passivo. Claro que faço votos, para que a sua leitura desencadeie resultados tão positivos, como a última mensagem a vós enviada.
Com estima e elevação, peço desculpa pelo tempo tomado, e faço voto para que sejam felizes e acariciem o (muito) trabalho que aí vem, com todo o prazer!
No final de todo este processo (e apenas no final… pois temos tempo!) batem-me se acharem justo!
Um abraço com respeito,
“… Por mais que seja negado…”
Ó Gente Da Minha Terra (parte 2)
António Pinto (Mediador/Coordenador do Curso EFA NS TA)